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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

PEDRO LOBÃO FILHO

 

( 1899 – 1948 )

 

Nasceu em Maceió, Alagoas, Brasil, a 20 de dezembro de 1899, tendo por pai de criação o coronel José Firmino de Vasconcelos, antigo intendente da Capital.
Formou-se em Direito na Faculdade do Recife e faleceu no Rio de Janeiro em 4 de dezembro de 1948.
Era fiscal de consumo. Pedro Lobão foi figura de simpática projeção social e intelectual em Maceió, tendo forte repercussão no âmbito regional a polêmica que manteve com José Lins do Rêgo sobre o seu livro de versos “Frutidor”.
Publicou: “Os versos que eu não disse” e “Frutidor”.
 

 

       

AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.  Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  286 p.  ilus.  15,5x23 cm.  Exemplar encadernado.  Bibl. Antonio Miranda



PROFISSÃO DE FÉ

Depois de haver cantado a mocidade,
O delírio, o prazer, a vida, o amor,
Quis escrever o poema da humildade,
Colher os pomos do meu Frutidor.

Afastei-me das ruas da cidade
Para ser pelo campo semeador.
Plantei.  E a terra com fertilidade
Deu novos frutos, com melhor vigor.

       Devo à terra o produto da colheita,
Ao lavrador o exemplo do trabalho.
Nada mereço da missão já feita.

Fui apenas de gestos resolutos,
Pois tive a ideia de colher no galho
A farta messe dos primeiros frutos.



MILAGRE DA VIDA


De que serve o prazer da mocidade,
O delírio do amor vertiginoso,
Se depois do pecado a humanidade
Resgatará com mágoa o próprio gozo?

De que serve no orgulho a majestade,
A pompa de ser rico e ser vaidoso,
Se pobre e rico na mortalidade
O destino confunde caprichoso?

De que servem alcovas de veludo,
Os tesouros, alfaias e reinados
Se em grão de areia se transforma tudo?

Encaremos a dor de olhos enxutos,
Amparemos na vida os humilhados
Que é preciso sofrer para dar frutos!



CANÇÃO DO AMOR AUSENTE

Depois que tu partiste, as rosas pelo chão
Rolaram lentamente as pétalas molhadas...
Murcharam no jardim as flores em botão,
Fugiram pelo espaço as aves revoadas.

Nunca mais ao sabor da fresca viraçãoa

       De uma tarde estival, borboletas aladas
Passaram nos vergéis... Nunca mais nas estradas
A dourada colmeia alçou no turbilhão

Do enxame de voo. Não mais cantou pela devesa
O rio, com o pavor que própria fonte estanca...
E a noite veio...E veio a lua... E que tristeza

O céu percorre, o campo alastra e a casa invade!
Abro a janela e espio: Ao longe a estrada branca
E o luar como um fantasma a rondar a cidade...  

 

 

*

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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